Outro dia me perguntaram se eu já havia feito meu pedido ao Papai Noel e fiquei com isso na cabeça, afinal, eu mereço um presente também. Hoje pensando nisso, me veio a mente o salmo 23 misturado a música Monte Castelo, ficando assim: “ainda que eu andasse pelo vale das sombras, sem amor eu nada seria”. E é como tem sido, eu andei pelo vale das sombras, tive vontade de parar de desistir, me desiludi, vi minha vida desmoronar, aí me veio a mente a necessidade de destruir para reconstruir e foi assim. Destruiram meus sonhos, acabaram com minhas expectativas, frustraram meus anseios, me disseram que eu não podia sonhar, recusaram meu amor, me senti diminuída, tiveram dias que me comparei ao lixo que fica jogado pela rua, fui escorraçada, humilhada, pisada, caluniada, roubada, maltratada, busquei colo e não tive, procurei carinho e não encontrei, pedi compreensão e fui repreendida, pedi amor e encontrei frieza...

Chorei, sorri, lutei, insisti, to aqui, continuo aqui, ainda não venci, mas vou vencer e vou ser ainda mais feliz... E hoje além de fazer meu pedido ao Papai Noel também quero agradecer ao Papai do Céu por ter me dado um coração tão forte e tão seguro, que apesar de ter andado pelo vale das sombras, ele continua crendo, desejando e acreditando no amor. Esse é o meu pedido ao Papai Noel, para que meu coração nunca se torne frio e incapaz de amar e que a esperança e o desejo de ser feliz continue coabitando mesmo em meio a feridas e remendos. E que venha 2.013, que eu to pronta pra colher a minha felicidade.

Quando eu era adolescente tive algumas frustrações, pois sempre que me “apegava”  a um menino e pensava que aquele seria o meu melhor amigo por toda a vida, ele estragava tudo declarando o seu amor e pedindo que namorássemos, eu triste e decepcionada me desculpava e dizia que não era daquela forma que o via e o que acontecia? Ficava sem o amigo e sem o namorado, pois vinha a frase “se não for pra namorar e ser só seu amigo eu não quero” e o dito cujo fazia bico e nunca mais falava comigo.
O tempo passou, anos e anos após...  já sou grandinha, vivi, tive dois filhos, tanta água rolou, creio ter evoluído um pouco mentalmente e me sinto capaz de ser amiga de alguém  do sexo masculino, mas a história continua a se repetir, em um contexto meio diferente,  mas repete-se,  se não quero “ficar”,  “namorar”, ser a mulher da vez, o que acontece? Emburram e não falam mais comigo, rs. Qualquer dia desses vou  ouvir algo do tipo: “se não quer me dar então pra que conversar?” E o bico e a birra continua e quando se diz não, simplesmente passasse a ser ignorada, a única coisa que mudou é que antes eram beijos e abraços e agora é sexo.
A conclusão a que chego é que se não existe amizade entre homem e mulher é por conta da imaturidade  e falta de consideração dos homens que continuam a nos enxergar como um pedaço de carne e não um ser humano. Bianca